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Vem cá


Quando se estica o braço como um gesto universal “dizendo” vem cá, o corpo dela não pode mais negar, nem mesmo quer. Talvez aqui esteja senhoras e senhores, a coisa mais bela do mundo. Nenhum de nós pode menosprezar a simplicidade do gesto em questão, o calor do peito de um no rosto do outro, dois pares de pernas entrelaçadas, duas vidas humanas diferentes ligadas por uma coisa animal. Deitados verdadeiramente em um berço quase esplêndido e ligados pelo calor muitas vezes desumano dos nossos corpos, um aperto é quase filme, um beijo é quase a dor, um olhar é mais que amor. Será mesmo que isso é possível? Naquele momento, com o nariz pressionado a seu peito, ao senti-la respirar, o homem se sente grande, tão grande quanto algo imensurável. Muito provavelmente, elas nunca entendam isso, mas essa satisfação é sublime e cheia de verdade. A de ser homem de fato.

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